Depois de muitos estudos sobre o efeito do uso de telemóveis no cérebro, foi publicada uma nova análise que estabelece uma relação entre a exposição às radiações emitidas pelos aparelhos e a redução da densidade e do conteúdo mineral dos ossos. O artigo dos investigadores da Universidade de Cuyo, na Argentina, diz que usar o telemóvel preso ao cinto das calças pode levar à perda de densidade mineral do osso da anca.
A densidade mineral do osso da anca (BMD) e do seu conteúdo (BMC) foram comparados, mostrando que o grupo de homens que usava o telefone junto da anca revelava menor densidade e conteúdo mineral no colo do fémur, com assimetrias assinaláveis entre os dois lados das ancas.
O investigador admite assim uma relação positiva entre o número de horas de contacto com o equipamento móvel e as assimetrias reveladas entre a anca esquerda e a direita, admitindo que estas são um efeito da rádio frequência electromagnética.
Embora o estudo seja referente a uma amostra pequena de utilizadores, a investigação aponta para resultados preocupantes de utilização prolongada de telemóveis junto a uma zona específica do corpo, aumentando o risco de osteoporose.
O artigo não estende os efeitos da utilização dos telemóveis de forma permanente noutras zonas, como os bolsos das calças, e deixa também de fora as mulheres, que têm um risco mais elevado de sofrer de osteoporose, pelo que Fernando Saraví defende a necessidade de continuar a investigação.
O investigador salienta ainda que embora os telemóveis tenham emissões de radiofrequências cada vez mais reduzidas, um número crescente de evidências sugere que radiações electromagnéticas não-ionizantes na gama de frequências dos telemóveis pode causar efeitos biológicos não térmicos, que podem ser relevantes para a saúde humana.
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