Associam-se os petiscos à gula e ás dietas falhadas, mas os snacks ou lanches – se forem bem planeados – ajudam a distribuir a alimentação ao longo do dia.
Comer uma sopa ao fim da tarde ou meia dúzia de pinhões – que podem até estar guardados no porta-luvas – a meio da manhã são a forma mais saudável e dietética de comer.
Ao parcelar as refeições e evitar estar mais de três horas sem ingerir alimentos contribui-se para que a glicose seja convertida em energia. “É o que nos faz ter atenção e concentração e evitar o cansaço e a irritação do final do dia no trabalho ou em casa”, diz a nutricionista Inês Gil Forte, responsável pelas sessões de esclarecimento ‘À Roda da Mesa’, na biblioteca Arquitecto Cosmeli Sant’ Anna, em Lisboa.
Os baixos níveis de glicose provocam até dores de cabeça e o corpo interpreta essa diminuição de energia como fome. Os lanches ajudam a manter a concentração, mas também a diminuir a quantidade de comida que se ingere ao almoço e ao jantar. “Se tivermos menos fome comemos menos porcarias”, acrescenta a nutricionista Andreia Santos, da clínica Metabólica, em Oeiras, que organiza vários workshops para ensinar a comer melhor.
O que se come entre as refeições deve representar, segundo Inês Gil Forte, “5% da ingestão calórica diária”. Os lanches devem conter alimentos ricos em hidratos de carbono, que provocam sensação de saciedade. Gaspacho (mesmo de pacote), pão preto, salmão fumado, sopa ou salada de polvo são, de acordo com Andreia Santos, óptimas alternativas aos pastéis de nata e ás torradas de pastelaria.
Para nutricionista, as nozes, as avelãs e os pinhões “sem sal ou açúcar e não torrados” devem ter um lugar de destaque sozinhos: transportam-se facilmente, “bastam poucos para tirar a fome” e podem ser misturados com iogurtes ou saladas. Fundamental é também beber vários copos de água ao longo do dia para o organismo funcionar bem e digerir melhor os alimentos. Quem não gosta de água pode optar por chás, tisanas ou água de coco que é “muito hidratante”
Inês Gil Forte chama ainda a atenção para a forma como se começa o dia: “O pequeno-almoço deve corresponder a 20% do consumo calórico“. O mesmo que um jantar.
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